quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Coroa Elíptica????

Se você não quiser entregar sua idade não diga que sabe do que estou falando!
É isso mesmo, elas estão de volta!
Não são as famosas (no mau sentido) coroas Biopace difundidas pela Shimano na década de 80 (eles não foram os inventores), mas as Q-Rings da Rotor Bike Components que são usadas pela equipe Cervélo Test Team e pela equipe Specialized de MTB.
O princípio é o mesmo, mas... 
Vou tentar simplificar o máximo possível!
Segundo a Rotor, existe um dead-spot ou ponto-morto, um problema inerente a anatomia humana onde nossas pernas produzem menos força dependendo da posição em que o pedal se encontra na pedalada.
Fazendo o dead-spot coincidir com o diâmetro menor da coroa, eles conseguiram minimizar a perda de potência.
Quando o pedal está descendo, o diâmetro aumenta, aproveitando a maior força das pernas e, portanto, transferindo mais potência ao conjunto.
Segundo a Rotor, as vantagens são um aumento de 3% na potência da pedalada, uma transferência de força mais uniforme (bom para full suspensions) e menos dores nos joelhos. Além disso, existem várias furações nas coroas possibilitando um “ajuste fino” de acordo com particularidades de cada indivíduo.
Na teoria tudo muito bonito! E na pratica também! Li vários testes elogiando o conceito.
Os pontos negativos são o preço ridiculamente alto e trocas de marchas mais lentas e imprecisas (Humm! Ruim para MTB onde as trocas são mais numerosas).
E porque a Shimano não emplacou?
A Shimano posicionou o diâmetro maior justamente no dead-spot, piorando a performance ao invés de melhorá-la!
Além das Q-Rings, a Rotor faz um pedivela muito interessante. Os braços não formam um ângulo de 180º entre eles. Eles são deslocados a fim melhorar o posicionamento dos pedais e aproveitar melhor a força das pernas.
Se quiserem mais detalhes visitem: http://www.rotorbike.com/nueva/ingles/infotecnica.htm (em inglês)

Um comentário:

  1. Eu usava uma coroa elíptica quando trabalhei de Bike Courrier (Fahradkourrier) em Berlim, na Alemanha, em 93 e 94... OK, pode me chamar de velho! Mas eu não gostei muito. A bagaça era meio estranha, dava um "vazio" no meio de cada pedalada. Fiquei com medo de zoar os joelhos... Agora não quero nem saber, prefiro uma "coroa etílica" - alguma quarentona ou cinquentona chegada em tequila, hehehe...

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