Parece que estamos revendo o mesmo filme várias vezes. Um ciclista atropelado!
Estou indignado, mas não surpreso!
A situação caótica nas grandes cidades leva a conflitos
inevitáveis. Mas em lugares com uma população educada e consciente, os
resultados destes conflitos são menos trágicos.
Quando falo em população educada e consciente, não estou
falando de pessoas que estudaram em boas escolas, ativistas antenados nas mais
recentes ações ecológicas praticadas pelo mundo ou ainda pessoas que lutam
pelos direitos deste ou daquele grupo.
Para mim, ser educado e consciente é “enxergar” o outro.
No caso de São Paulo a situação está pior.
Um egoísmo crescente e uma visão errônea de que só temos
direitos, toma conta dos cidadãos desta metrópole e está presente em todas as
classes, raças, credos, gêneros e idades: no motorista do caminhão de entregas que
vai virar à direta, mas vem pela faixa da esquerda para cortar o trânsito
porque está atrasado; na senhorinha que come as uvas dentro do supermercado e
sai sem pagar por elas, afinal de contas, o dono do supermercado é rico e ela
vive de aposentadoria; na executiva bem vestida que fura a fila na padaria para
comprar o seu maço de cigarros porque está muito estressada com o volume de trabalho;
no pai de família que compra um carro muito maior que sua vaga de garagem só
porque ele pode; no camelô que instala sua barraca no meio da calçada porque acredita
estar ganhando a vida honestamente; nos estudantes que fecham avenidas para
reivindicar o direito de fumar maconha sossegados ou ainda no servidor publico que
atende muito mal as pessoas porque acha que recebe pouco. Alista é interminável!
Todos nós estamos confusos sobre o que é certo e o que é
errado
O que vou falar pode soar piegas e repetitivo, e se não me
engano, está escrito na bíblia, mas uma vida poderia ter sido preservada se
todos os envolvidos começassem a “enxergar” o próximo.
Os envolvidos, neste caso, são TODOS os habitantes desse
hospício chamado São Paulo!